Afinal... O que diabos aconteceu em 1971?

Compartilhando o brilhante artigo do Dr. Caleb

Um desses dias eu tive a grata surpresa de encontrar esse brilhante texto escrito em 25/04 pelo Dr. Caleb, e gostaria de compartilhá-lo com vocês.

Quem quiser conhecer melhor o incrível trabalho do Dr. Caleb - que além de escrever muito bem, está desenvolvendo um projeto super interessante com DLC chamado Niti: Non-custodial Interlinked Tokenization Infrastructure.

Em breve teremos a presença do Dr. Caleb em uma Live no canal BetterMoney no YouTube para compartilhar um pocuo de sua história, e explicar melhor o NITI.

Divulgaremos a data em breve… Não percam!

O que aconteceu em 1971?

Afinal, O QUE ACONTECEU EM 1971? 

O fim do Capitalismo.

O poder dos Estados deixou de ser definido pela capacidade de acumular CAPITAL e passou a ser determinado pela capacidade de acumular CRÉDITO. 

Nasceu, então, o Creditismo.

Ter dinheiro, em si, passa a não ser o fator determinante para o crescimento e dominância futuras - mas sim a capacidade de se endividar a baixo custo. Como isso ocorreu?

Façamos uma regressão: Em 15 de Agosto de 1971, o presidente estadunidense Richard Nixon anunciou em televisão aberta o fim da convertibilidade do dólar para o ouro.

Todos os cidadãos, empresas e nações que confiaram o seu ouro aos cofres americanos em troca de um certificado, uma cédula verde chamada dólar, foram tomados de assalto.

Em 15 de Agosto de 1945, o Japão anunciou sua rendição na Segunda Guerra Mundial após os EUA bombardearem Hiroshima e Nagasaki, assassinando cerca de 200.000 seres humanos e demonstrando seu enorme poder para violência e destruição com a nova criação de Oppenheimer: a bomba atômica.

Termina a Segunda Guerra Mundial.

Um ano antes, em 1944, os EUA já antecipavam sua vitória e ascendência global e organizaram a Conferência de Bretton Woods para moldar a ordem econômica do pós-guerra. Rex est lex vivens.

Com confiança na vitória e na sobredominância bélica sobre os outros países, os EUA, cientes da sua posição dominante, fizeram do dólar a moeda de reserva mundial.

Países passaram a enviar seu ouro aos EUA e pegar seus certificados de ouro, os dólares, em troca.

Assim, o dólar, e não o ouro, tornou-se o alicerce do sistema monetário global.

Mas, em 1971, todo o ouro enviado foi roubado. 

A França exigiu seu ouro de volta e teve a coragem de enviar seus navios para buscá-los. Conseguiu. Os outros ficaram apenas a ver navios - e apenas com suas reservas em dólares, os quais os EUA podiam imprimir livremente.

Nasceu o Creditismo: com o poder de criar dinheiro do nada, o governo dos EUA tinha crédito barato. Quem duvidaria de um devedor que pode imprimir sua própria moeda? Nasce o dinheiro fiat.

No Creditismo, a riqueza dos Estados é medida pela sua capacidade de se endividar. A dívida dos EUA em 1971 era de $400 bilhões de dólares e hoje é de $32 trilhões, 80 vezes maior em apenas 50 anos.

Dívidas que serviram muito bem à “expansão inexorável do poder do Império Americano”, como já era previsto pelo professor Olavo de Carvalho.

Renato Amoedo frequentemente pergunta: “O Brasil tem ou deve Reais?”. Deve.

E no mundo das moedas fiduciárias, a tentação é desvalorizar a dívida, através da desvalorização da moeda pela inflação monetária.

Mas isso tem seus custos, desde o aumento de preços até a redução da natalidade.

Os efeitos do fim do capitalismo afetam diversas áreas da vida humana. São tão variados e profundos que desafiam uma descrição completa em palavras. Gráficos podem oferecer uma visão mais clara. Analisando-os, os efeitos são evidentes.

“Com o suor do teu rosto comerás o teu pão” disse Deus a Adão. Em 1971, foi roubado não apenas o ouro da sociedade, mas também a nossa capacidade de acumular o produto do nosso suor e de conseguir pagar pelo nosso pão.

O Creditismo fez as dívidas serem mais valiosas do que ouro, e poupar ser menos recompensador do que consumir.

No entanto, a história nos mostra que sistemas econômicos, não importa o quão dominantes, podem e mudarão.

Essa guerra ainda não acabou.

Eles possuem navios, aviões, caças e canhões - mas temos uma nova arma, que faz com que todo poderio desse império seja agora, em 2023, incapaz de roubar sequer uma migalha do nosso pão: #Bitcoin

Artigo de Caleb Isaac para a Revista Pleb's, de @Jeff_Planeta em 2023.


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