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Dinheiro Centralizado: Um Mal que assola a humanidade há mais de um século
Uma retrospectiva de 111 anos de crises, guerras e inflação (e como o Bitcoin conserta isso)
Você entende a relação entre o preço da comida no supermercado do lado da sua casa e eventos como a criação do Federal Reserve, as duas Guerras Mundiais, a bomba atômica no Japão e a crise do subprime nos EUA? Não? 🤔
Então leia esse artigo para descobrir como a criação de um sistema monetário centralizado manchou a história dos últimos 111 anos com bolhas, crises, guerras e destruição.
(Spoiler: o final ainda está sendo escrito... Mas a boa notícia é que em 2008 surgiu a solução para o problema…)👇
Antes de 1913: Sistema Monetário Descentralizado

Antes de 1913, o sistema monetário americano era descentralizado. Bancos nacionais e estaduais operavam sob diferentes normas, sem qualquer coordenação centralizada.
A regulamentação bancária era fragmentada. E, como era de se esperar, os bancos que tomavam mais riscos com empréstimos acabavam em apuros, causando corridas bancárias e um sentimento de insegurança na população.
1907: O Pânico Bancário de 1907

Um cenário perfeito para o desastre. O Pânico de 1907 foi causado por uma combinação de especulação excessiva, tentativa de manipulação do mercado e corridas aos bancos. Esse tumulto financeiro foi a faísca que levou à criação do Federal Reserve, o banco central que supostamente forneceria liquidez em tempos de crise.
1910: A Reunião Secreta em Jekyll Island

Imagine um grupo seleto de banqueiros e políticos reunidos secretamente na Ilha de Jekyll. Foi lá que eles elaboraram o plano para a criação de um banco central nos Estados Unidos.
A suposta missão? Fornecer a tão prometida “estabilidade financeira e monetária”. O verdadeiro objetivo? Criar um brilhante mecanismo de escravização que perdura até hoje.
1913: Criação do Federal Reserve

E então, em 1913, nasce o Federal Reserve com a aprovação do Federal Reserve Act. Agora, o “preço do dinheiro” – a taxa básica de juros – seria definido de forma centralizada. E assim começou a bagunça que culminaria no completo colapso da sociedade e seus valores.
1914: Início da Primeira Guerra Mundial

A Primeira Guerra Mundial começa e os Estados Unidos passam de devedores líquidos a maiores credores do mundo. A produção industrial e agrícola dispara, à medida que os EUA se tornam os maiores fornecedores de suprimentos para a Guerra.
1917: Liberty Bond Act

Para financiar a guerra, o governo dos EUA aumenta significativamente sua dívida nacional. Em 1917, o Congresso aprova o Liberty Bond Act, permitindo a emissão de títulos de guerra para arrecadar fundos.
1918: Fim da Primeira Guerra Mundial

A guerra termina, e a economia dos EUA experimenta uma breve recessão devido à redução na demanda por bens de guerra e o ajuste da economia para tempos de paz.
1919: Tratado de Versailles

A Alemanha é forçada a aceitar duras condições, incluindo perdas territoriais, reparações de guerra e limitações militares.
1919: Início da República de Weimar

Começa um período de caos político e econômico na Alemanha, com a hiperinflação atingindo seu auge em 1923.
1920-1929: Roaring Twenties

Os EUA entram nos "Anos Loucos" , período de crescimento econômico e prosperidade alimentado pela expansão do crédito.
O Fed mantém as taxas de juros baixas, tornando o empréstimo de dinheiro barato e fácil, gerando bolhas especulativas no mercado de ações.
1928: Fed Começa a Subir Juros

Preocupado com a especulação, o Fed aumenta as taxas de juros, tornando os empréstimos mais caros. Efeito Imediato? Redução da liquidez, aumento das vendas de ações e início do pânico no mercado.
1929: Início da Grande Depressão

O crash de 1929. A venda em massa de ações causa uma queda brusca nos preços. Muitos perderam suas economias, empresas faliram, e a crise se espalhou para outros setores da economia, resultando em falências bancárias e desemprego em massa.
A destruição foi especialmente severa na Alemanha, que já estava com a economia em frangalhos.
1933: New Deal

Dentro do pacote de medidas do “New Deal” do presidente Franklin D. Roosevelt em reação à Depressão Econômica estava a Ordem Executiva 6102, que nada mais era do que um confisco do ouro da população para cobrir os rombos gigantescos causados pelos déficits públicos.
Oficialmente apresentado como uma forma de estabilizar a economia, aumentar a liquidez e restaurar a confiança no sistema financeiro.
1933: Ascensão do Nazismo

Adolf Hitler é nomeado chanceler da Alemanha, impulsionado pelo sentimento de ódio e niilismo da população alemã. Hitler consolida o poder, estabelecendo a ditadura nazista. O Reichstag é incendiado e o Ato de Plenos Poderes é aprovado, permitindo a Hitler governar por decreto.
1939: Início da Segunda Guerra Mundial

A invasão da Polônia pela Alemanha inicia a Segunda Guerra Mundial. Reino Unido e França declaram guerra à Alemanha em 3 de setembro.
1940: Ouro é Levado para os EUA

Assustados com o avanço da Blitzkrieg, vários países europeus transferem boa parte de suas reservas de ouro para os Estados Unidos, para garantir que estivessem seguros em caso de ocupação e para garantir que pudessem continuar a financiar seus esforços de guerra contra a Alemanha nazista.
1941: Pearl Harbor

A Alemanha invade a União Soviética (Operação Barbarossa). O Japão, aliado da Alemanha, ataca Pearl Harbor, levando os EUA a entrar na guerra.
1944: Bretton Woods

Desembarques do Dia D em 6 de junho, com forças aliadas invadindo a Normandia, na França, iniciando a libertação da Europa Ocidental.
A Conferência de Bretton Woods ocorre em julho de 1944, criando um novo sistema financeiro internacional, incluindo o FMI e o Banco Mundial, além do estabelecimento do padrão dólar-ouro: agora os países deteriam reservas em dólares, e o dólar estaria fixado ao ouro a uma taxa de $35 por onça (pode confiar!)
1945: Fim da Segunda Guerra Mundial

A Alemanha enfrenta uma invasão aliada no oeste e uma invasão soviética no leste. Hitler se suicida em 30 de abril. A Alemanha se rende incondicionalmente em 8 de maio, marcando o fim da guerra na Europa.
As bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki levam à rendição do Japão.
1947: Plano Marshall

O Secretário de Estado dos EUA, George C. Marshall, anuncia em 5 de junho de 1947 o plano para ajudar na reconstrução dos países europeus devastados pela Segunda Guerra Mundial, oferecendo assistência econômica e financeira para fomentar a recuperação econômica e política, e prevenir a propagação do comunismo na Europa.
1965: Aumenta a Desconfiança Global com Bretton Woods

O aumento na oferta de dólares no mundo gera desconfiança entre os países que mantinham grandes reservas de dólares. Havia um temor crescente de que os EUA não teriam ouro suficiente para cobrir todos os dólares em circulação.
O presidente francês Charles de Gaulle anuncia que a França começaria a converter suas reservas de dólares em ouro.
1971: O Fim do Padrão Ouro

A pressão acumulada sobre as reservas de ouro dos EUA leva o presidente Richard Nixon a suspender a conversibilidade do dólar em ouro em 15 de agosto de 1971, marcando o fim do sistema de Bretton Woods.
Começa oficialmente a Era do dinheiro sem nenhum lastro (Fiat).
1973: Primeiro Choque do Petróleo

O embargo do petróleo pelos países da OPEP em resposta ao apoio ocidental a Israel na Guerra do Yom Kippur leva ao aumento dramático dos preços do petróleo, resultando em estagflação nos países ocidentais.
1974: Nasce o Petrodólar

Em 1974, os EUA e a Arábia Saudita selaram um pacto que mudou tudo. Petróleo vendido apenas em dólares. Em troca, proteção militar dos EUA. Resultado? O dólar se tornou a moeda de reserva mundial, a economia americana se fortaleceu com petrodólares reinvestidos, e os EUA ganharam uma influência geopolítica imensa exportando inflação pro resto do mundo. Um movimento ousado que ainda ecoa hoje.
1979: Segundo Choque do Petróleo

Outro aumento nos preços da energia, aumentando os custos de importação para muitos países latino-americanos.
1979-1982: Era Volcker

O presidente do Fed, Paul Volcker, aumentou drasticamente as taxas de juros para controlar a inflação, levando os EUA a uma recessão. Isso também elevou os custos dos empréstimos para os países devedores e aumentou os pagamentos de juros sobre a dívida. Os países latino-americanos haviam se endividado muito nos anos 70, incentivados por taxas de juros relativamente baixas e pela abundância de petrodólares.
1982: Crise da América Latina

A Moratória da Dívida do México desencadeou pânico nos mercados financeiros internacionais. Isso teve um efeito dominó em outros países latino-americanos. Brasil, Argentina e outros também enfrentaram dificuldades em honrar suas dívidas, resultando em crises financeiras e econômicas generalizadas na região. O FMI e o Banco Mundial intervieram com programas de ajuste estrutural na região.
1987: Black Monday

O mercado de ações dos EUA sofreu uma queda recorde de 22,6% em um único dia. Este evento, conhecido como Segunda-Feira Negra (Black Monday), teve repercussões globais, causando quedas significativas nos mercados de ações ao redor do mundo.
1989: Crise S&L (Savings & Loans)

Mais de 1.000 instituições de poupança e empréstimo (S&Ls) nos EUA faliram devido a empréstimos imobiliários de alto risco e má gestão financeira.
1992: George Soros quebra a Libra Esterlina

O Reino Unido foi forçado a sair do Mecanismo Europeu de Taxas de Câmbio (ERM) devido à pressão especulativa contra a libra esterlina, liderada por George Soros. A crise pavimentou o caminho para a criação do euro e a integração monetária na Europa.
1994: Tequila Crisis

Crise do Peso Mexicano. O México desvalorizou o peso em resposta a uma crise de balança de pagamentos, levando a uma crise financeira e econômica no país. A crise teve repercussões regionais e globais, resultando em um pacote de resgate liderado pelos EUA e pelo FMI.
1997: Crise Financeira Asiática

Iniciada pela desvalorização do baht tailandês, a crise se espalhou rapidamente para outros países asiáticos, incluindo Coreia do Sul, Indonésia e Malásia. O evento levou a severas recessões econômicas na região, pacotes de resgate do FMI e reformas estruturais significativas. Destacou a vulnerabilidade das economias emergentes à fuga de capitais e à dependência de financiamento externo. O evento também contagiou fortemente a economia russa.
1998: Colapso do Long-Term Capital Management (LTCM)

O hedge fund que utilizava estratégias de arbitragem fortemente alavancadas, sofreu enormes perdas devido a turbulências nos mercados financeiros globais, especialmente após a crise financeira russa. O colapso do LTCM ameaçou a estabilidade do sistema financeiro global, levando a uma intervenção do Fed para evitar um efeito dominó.
2000: Estouro da Bolha da Internet

A especulação intensa em empresas de tecnologia e internet, alavancada pela política monetária expansionista levou ao estouro de uma bolha gigantesca em 2000. O índice NASDAQ caiu cerca de 78% entre março de 2000 e outubro de 2002. O estouro da bolha levou a uma recessão nos EUA, com aumento do desemprego e queda nos investimentos.
2001-2003: Era Greenspan

Em resposta à recessão resultante do estouro da bolha, o Federal Reserve, sob a liderança de Alan Greenspan, reduziu as taxas de juros para níveis historicamente baixos. A taxa de juros dos fundos federais foi reduzida de 6,5% em 2000 para 1% em 2003.
2004-2006: Bolha Imobiliária

Bancos e instituições financeiras expandem o crédito hipotecário, incluindo empréstimos subprime. O uso de títulos lastreados em hipotecas (MBS) e obrigações de dívida garantida (CDOs) se torna comum. Em 2006, os preços das casas começaram a cair, revelando a fragilidade dos empréstimos subprime.
2007: Crise das Hipotecas Subprime

Em 2007, o aumento das taxas de inadimplência em hipotecas subprime começa a afetar os mercados financeiros. O banco francês BNP Paribas anuncia a suspensão de três fundos devido à exposição a hipotecas subprime, marcando o início visível da crise de liquidez.
2008: Great Financial Crisis

Em Março/2008, o banco Bear Stearns é adquirido pelo JPMorgan Chase (bailout facilitado pelo Federal Reserve, ou seja, socialização de perdas).
Em Setembro/2008 o banco Lehman Brothers declara falência, causando colapso nos mercados financeiros globais.
O governo dos EUA intervém para resgatar a AIG e outras instituições financeiras, e aprova o Troubled Asset Relief Program (TARP), um pacote de resgate financeiro de $700 bilhões (mais socialização de perdas).
⚠️31/10/2008: Bitcoin Whitepaper⚠️

Satoshi Nakamoto apresenta à humanidade a evolução do dinheiro, solução para o problema do dinheiro centralizado e não escasso que perdura e destrói a civilização há mais de século.
2009: Money Printer Go Brrrrrrr

Great Financial Crisis leva a uma recessão global profunda. Bancos centrais ao redor do mundo implementaram cortes de juros significativos e prolongados para estimular a recuperação econômica. O Federal Reserve reduziu a taxa dos fundos federais para uma faixa de 0% a 0,25% em resposta à crise financeira. Esta política de taxa de juros próxima de zero foi mantida por sete anos, até dezembro de 2015.
2014: Juros Negativos na UE

O Banco Central Europeu introduziu uma taxa de depósito negativa de -0,1% para incentivar os bancos a emprestar dinheiro em vez de manter reservas.
2016: Juros Negativos no Japão

O Banco do Japão introduziu uma taxa de juros negativa de -0,1% em um esforço para combater a deflação persistente e estimular a economia. Esta política de taxa de juros negativa tem sido mantida até hoje.
2020: Covid-19

Fraudemia é usada como ferramenta para instaurar controle social, impor restrições de liberdade e aumentar a vigilância estatal sobre a população.
Fechamento de muitos pequenos e médios negócios, enquanto grandes corporações e plataformas de tecnologia aumentaram seu poder e influência.
Os governos implementaram pacotes de estímulo econômico e auxílios emergenciais (i.e. Money Printer Go BRRRRR no modo exponencial), levando a um aumento significativo na dívida pública.
Aumento das taxas de inflação globalmente, levando a mudanças nas políticas monetárias, incluindo aumentos nas taxas de juros por muitos bancos centrais.
2022-Hoje: A Era Fiat chegando ao Fim

Dívida Impagável. Os aumentos severos de juros apresentam desafios significativos para a gestão da dívida soberana.
Os governos enfrentarão custos cada vez mais altos para financiar suas dívidas, o que pode levar a uma série de impactos econômicos e fiscais, e eventualmente ao inevitável colapso do sistema.
2024: Morre o Petrodólar

A Arábia Saudita anuncia que não vai renovar o acordo do petrodólar, assinado em 1974 entre o então secretário de Estado americano Henry Kissinger e o príncipe herdeiro Fahd da Arábia Saudita. A não-renovação do acordo desafia a hegemonia do dólar e reconfigura o cenário geopolítico global.
Cenas dos Próximos Capítulos…

O plano das elites parasíticas é imprimir dinheiro e desvalorizar as moedas, desinflando a dívida e postergando o colapso da era Fiat.
Além disso, eles precisam implantar as CBDCs, forçando a população de vez adentro dos juros negativos.
Esta é a única forma de prolongar esse sistema perverso. Mas, quanto mais a inflação corrói poder de compra da população, mais incentivo as pessoas têm para aprender sobre o Bitcoin, e pararem de participar deste sistema corrupto e perverso.
Uma retospectiva de
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